terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Amor na visão de Platão


Platão, 428-347 a.C., filósofo grego, O Banquete
Quando um qualquer amante tem a sorte extrema de encontrar a sua outra metade, ficam os dois tão intoxicados com afecto, com amizade, e com amor, que não suportam ficar sem se verem um único instante.

O amor dorme na terra nua, às portas das casas, ou nas ruas profundas por debaixo das estrelas do céu, partilhando sempre a pobreza da sua mãe…
No espaço de um dia ora se revela vivo e brilhante, ora à beira da morte.

O amor é pobre, magro, mal apresentado, sem sapatos, sem domicílio, sem outra cama que a terra, dormindo sob as estrelas, sem cobertores, junto das portas e nas ruas, irremediavelmente miserável, imitando a sua mãe.

No mesmo dia, ao mesmo tempo, o amor é florescente, pleno de vida, e tudo o que é grandioso abunda nele, antes de desaparecer e morrer, antes de reviver de novo.

Como o pai, o amor está constantemente na pista do que é belo e bom; é másculo, empreendedor, robusto, hábil caçador que usa sem cessar o artifício; cioso do saber, usa todos os estratagemas para o ter, passando toda a vida a filosofar, encantador, mágico, palavroso. - Platão

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Poema de um amor só

O poema de um amor só
É como sol:
Reluzente, forte e quente.
Ele é fênix!
Renasce das cinzas...
Ressucita: o espírito a alma e a mente...
Quebra correntes e desata nós...
Inconseqüente e sem dó?
O poema de um amor só traz consigo?
Um sorriso escondido, o suspiro abafado,
um olhar calado e distante...
Errante, esse sentimento não termina;
segue a sina de adorar um ser único e transcedental...
Habitamos na dimenção da
criatura e do criador...
Onde não existe dor, nem partida...
Tudo tão mágico...
Tudo tão lindo!
Será obra do acaso?
Ou façanha do destino?
Conhecemos o universo,
onde a compreenção é livre: 
A traição humana não machuca quem ama...
É a onde vivemos,
amanhecemos e anoitecemos juntos...
Onde sou tua inspiração e você o meu poeta...
Essa a eternidade desejada pelos amantes
que sofrem na terra...
Já no mundo mortal, finito e imperfeito.
O natural deseja chegar mais perto...
Lapidar o incorreto...
Ser refém do presente e condenado pelo futuro.
Viver juntos a unicidade do amor...
Cuja a flor se chama: verdade
Não há calor que ela não suporte
nem tempestade que a sufoque...
A verdade: é a essência da virtude...
Ela não ilude e nem engana...
Qualidades de quem ama sem máculas,
nem rancor...
Meu amor,
Sinta a canção:
O coração compõem o refrão!
Pra gente sorrir;
Explodir de alegria;
Colorir a fantasia apagada.
Rasgada na caminhada,
 que nos trouxe até aqui...
Cumprir-se a missão,
dada deste a concepção das nossas almas...
Desejo sentir a sensação:
Da pupila dilatar o coração disparar,
diante da eloqüência de lhe ver e te tocar...
A onde iremos chegar ? 
Ainda não sei?
O deserto passou...
Agora resta atravessar o mar...
No horizonte esperado?
Quisera desaguar o corpo molhado,
enfadado em teus braços...
Porque o que afoga, 
não é o medo e sim a saudade...
Ô príncipe amado...
Quero somente estar ao seu lado...
Saltar do mundo encantado e viver a realidade...
Não importa a "onde" nem " quando",
se juras viver me amando ...
Estou chamando.
Escute o vento soprando, nele sentirás
o som de alguém refém dos teus encantos...
Para os outros sou rainha
Para ti apenas a tua lindinha...
É assim que respondes com afeição:
Ao poema de um amor só...
Que despresa as imperfeições do homem e revela o
caráter de Deus... O AMOR !  Renata Saturnino