segunda-feira, 23 de abril de 2012

Magoar o ser amado.

É como enfrentar um dia nublado.
Sentir o ar carregado...
Viver isolado do mundo.
Cair no abismo profundo;
correndo o risco de não se encontrar.
É como se tudo estivesse errado:
Sentimentos revirados, sonhos quebrados,
emoções sofridas, iluções perdidas.
A lágrima caída?
Dói mais em quem colhe, do em quem planta...
Quem ama não entristece...
Enaltece o ser amado.
Senta do lado.
Segura a mão.
Abre o coração.
Cria poesia.
Morre de alegria,
Supera a raiva.
Quem ama?
Simplesmente perdoa.
Como verbalizar esse dicionário com tantos significados?
Perto ou longe?
Basta apenas uma palavra.
Pra feição mudar...
O coração saltar...
A mão esfriar...
O olho brilhar...
O choro cessar...
Amar?
É estar longe amando igual ou mais do que se estivesse perto.
Mesmo que o coração sofra e a esperança se cale.
Não há nada que supere essa sensação.
Amar?
É estar mudo se afogando em palavras.
Olhar pro nada pensando em tudo.
Tudo?
Que leve até ao ser amado.
Porque o amor é assim:
Essência divina.
Obra prima do: sentir, querer, desejar,
aceitar erros, guardar segredos, superar medos.
É desejar o melhor, sem dó, nem piedade.
Não existe dor nem rancor que não seja superado.
O amor revela o caráter de Deus .
Que ao doar “O SEU”, concebeu a essência de tudo
que mais desejamos na vida.
Essa é a magia idealizada pelos poetas.
Que mesmo solitários vivem a plenitude: do amor... Renata Saturnino







terça-feira, 17 de abril de 2012

Quando a dor transborda...

Sobrepõem o amor...
A paixão sem validade.
Sem rótulo e nem maquiagem.
Essa é a realidade do poeta:
Nú diante do sentimento de alerta.
Que aquece, aperta e machuca...
Rebelde, maluco , intelectual, anormal...
Este ser transcendental: precisa apenas verbalizar
 emoções, provocar sensações, plantar lágrimas, criar rimas.
Essa é a cina desse amante a moda antiga:
Plantônico, anônimo, isolado, solitário.
O que importa?
A expressão é o que move o coração do poeta.
Meu amor? Eres a vida, que da vida a este ser.
Continuo vagando.

Em cada canto espero te ver.
Essa fortaleza quase inabalável,
busca de forma incansável por ti.
De quem é este poema?
Meu? Seu?
De todos aqueles que acreditam no amor.
Sem rancor, mágoa ou mentira.
Quem gosta, vive da certeza:
De amar, respeitar,
vibrar com a chegada,
sofrer com a partida.
Querido. Preciso te ver sorrindo.
Cumprindo o destino que nos trouxe até aqui.
Essa é a aliança.
A herança do presente, contrastando com o futuro
incerto, mas repleto de sonhos.
Venha me resgatar.
Alegrar o meu dia.
O mundo lá fora desaba!
Mas aqui dentro? Sou eu e você!
Se vamos sobreviver, quem saberá?
Mas quero que entenda?
Que o amor não é sinônimo da perfeição, mas é a razão:
Da própria existencia.
Vivo uma "era" sem poesia.
Mas jamais sem amor... Renata Saturnino