segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Meu tudo...Meu Pai...


Como falar do meu tudo, sem doar tudo de mim...
O pensamento...
A emoção...
O sentimento...
A alma...
Presa ao passado a essência dos versos ganha vida...
No aconchego do teu colo, sinto o aroma das lembranças...
Protegida do mundo, a criança indefesa prepara-se para guerra...
Na batalha da desigualdade, ela engole o choro...
A guerra solitária segue sem comandante...
Quando meu tudo partiu, não restou quase nada...
A esperança machucada, ficou sem abrigo...
Em tua companhia...
Ensinou-me a guerrear, mas não a me refazer da guerra...
Na luta pela vida, foste a grande conquista e a pior perda...
Mesmo assim, nunca deixarás de ser o meu tudo...
Porque no tudo ou no nada, sempre estaremos juntos...
Em mim verás o teu sorriso...
A bondade... A valentia do guerreiro que só perdeu para morte...
Meu tudo... Neste momento o alimento é a saudade do amor que vivemos...
Estejas em paz, sabendo que daqui até a eternidade, nunca serás esquecido... PELA TUA MENINA... Renata Saturnino

2 comentários:

  1. Se as lágrimas se desprendessem
    dos olhos dos poetas
    e rosas dos seus dedos
    e soluços dos seus lábios,
    quem senão nós
    derramaria lágrimas
    e desfolharia rosas,
    a quem senão a nós
    rebentaria o coração,
    na dor da sua morte
    longa, mas exacta?

    Mas o Poeta, Renata,
    o Poeta não chora…
    E cada um de nós
    sobre o seu corpo
    deixará cair
    as flores de sangue e de amargura
    que são os nossos versos
    nesta hora...

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  2. João... talvez eu seja a excessão, os poetas csegundo Carlos Drumond de Andrade: são fingidos... porque sempre escondem suas emoções do público... Mas como não sei mentir, eu discordo. Os poetas choram sim! Mas isso, não apaga o brilho do seu comentário... Apenas um pequena divergencia de pensamento entre dois poetas... Um grande abraço, meu amigo...

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